Capítulo
14 – Clarifications
No capítulo anterior:
(...)
- Agora será que o
meu namorado pode me contar por que não foi hoje na escola? – Eu disse meio
irônica, mas brincando. Ele suspirou.
Diego Narrando
No dia anterior...
Estava
sentado olhando TV em casa. Sozinho. Mais uma vez León havia se esquecido de me
buscar e eu já nem fazia mais questão que ele o fizesse. Ele anda muito
estranho ultimamente. Pensativo, calado. Mas ele não é o maior de meus
problemas. Violetta até hoje não me ligou, será que depois do que o Marco fez
naquele dia ela se arrependeu de sair comigo? Ou então ele a proibiu de me
ver? Bem, eu prefiro acreditar na
segunda opção. Eu continuo meio confuso, no começo, eu tinha certeza do que eu
sentia por ela. Agora, não mais. Pois eu devia ter levantado minha voz e a defendido.
Mas por que não o fiz? Nervosismo? Surpresa? Ah quem eu estou querendo enganar.
O motivo claramente foi que eu jamais consegui me impor diante o Marco. Droga!
Eu queria ser mais valente. Ser mais como ele ás vezes. Apesar do que aconteceu
no passado, eu não me importo. Eu sinto falta dele, já me desculpei. Se ele não
quis aceitar, nada posso fazer. Nós éramos tão jovens, tão tolos. O que deveria
se esperar de um garotinho de oito anos e outro de onze? Éramos apenas
crianças.
Flashback
- Você não podia ter feito isso Diego. Você estragou tudo!
Por que sempre tem que vir e fazer bobagens? A culpa é toda sua! Sempre soube
que não deveria ter sido seu amigo. León sempre foi melhor que você, eu deveria
ser melhor amigo dele, não seu! Não acredito que fez isso comigo!
- Marco, não... Por favor, acredita em mim. Não foi minha
culpa, acredita, por favor. Garanto que foi o Andrés! Ele sempre está pegando
presas em todo mundo! Podemos arrumar tudo de novo, eu ajudo. Mas por favor,
você é o meu único amigo. Ninguém além de você gosta de mim. – Disse o garoto
já com lágrimas nos olhos.
- Não acredita nele Marco! Ele que faz a burrada e depois vem
colocar a culpa em mim! – Diz Andrés e se vira para o pequeno garoto no meio de
toda aquela multidão frustrada. – Saia daqui! Você nem deveria ter vindo, é só
mais um pirralho infantil! Isso aqui não é para criancinhas da sua idade. Cai
fora bebezão!
Então, em meio a lágrimas e risos desconhecidos, Diego saiu
da casa daquele que até então chamava de melhor amigo. Aquele a qual ele achou
que o protegeria e manteria sua amizade para sempre. Foi o que ele achou.
Acordei
de meus pensamentos vendo León chegar e entrar na sala. Já era meio tarde, mas
ele chegou sorrindo que nem um bobo. O que será que aconteceu?
-
León? Oi, o que aconteceu? Tudo bem? Por que está sorrindo assim? Mano, me
responde. O que houve? – Ele apenas me ignorou e seguiu seu caminho. Como
assim? Será que aconteceu alguma coisa ruim?
(...)
Era
por volta das 23h25 e eu permanecia na sala olhando TV. Não estava com sono
algum, então o melhor é ficar aqui. Assustei-me com o toque de meu celular e ao
ver quem era sorri. Fazia tempo em que não nos falávamos e eu estava mesmo
precisando falar com ela. Atendi.
- Alô?
Tia Jackie?
-
Querido, olá! Como vai?
- Vou
levando e a senhora?
-
Estou ótima. Só com saudades de você, Diego.
- Ah,
eu também...
- Está
tudo bem mesmo, querido? Você sabe que pode se abrir comigo.
- Tia, eu não sei mais o que fazer. Estou me sentindo perdido
e sozinho aqui. – Suspirei.
- É por causa daquela garota, não é? Já se falaram?
- Não, não nos falamos mais depois do constrangimento que
Marco nos fez passar.
- Garanto que seu irmão tem a ver com isso.
- León? O que tem León a ver com isso?
- Ah querido, não se faça de tolo. Você sabe muito bem que
León nunca aceitou que você fosse feliz.
- Pare tia! León jamais faria algo assim contra mim, por que
está me dizendo isso?
- Porque é a verdade. Conheço bem León, sei do que é capaz.
- Ah claro, como se vocês se falassem o bastante para
conhecê-lo.
- Diego, ele é igual ao seu pai. Suas necessidades vêm em
primeiro lugar. Ele não pensa antes, só age.
- Igual a papai? Não fale bobagens, não temos pai.
- Sim, vocês têm. E León viveu boa parte de sua vida com ele.
Você realmente acredita que ele não tenha nada a ver com isso?
- Eu... Bom, eu não sei.
- Sabe sim. É simples, lembro que uma vez você me disse que
León é melhor amigo desse Marco, a qual é irmão de Violetta. Você acha que eu
não me lembro, mas sei muito bem que vocês dois eram melhores amigos quando
pequenos. Uma coisa leva a outra. León deve ter se apaixonado também por essa
menina e como percebeu que você iria atrapalhar fez com que a amizade dele com
o irmão dela se tornasse uma vantagem.
- Eu acho errado culpa-lo, mas não consigo não fazer isso
depois do que me disse.
- Pelo menos você está se tocando.
- Por que será que eu tenho a impressão de que a senhora não
gosta dele?
- Ele nunca gostou de mim também. Que diferença faz?
- Ah faça-me o favor tia Jackie! León sempre lhe adorou!
- León jamais gostou de mim! Desde pequeno! Pare com isso!
- Por isso que o culpa pela morte da mamãe?
- Nunca disse isso. Agora esqueça esse assunto.
- Tudo bem, vamos esquecer isso, me desculpe.
- Você gosta mesmo dessa menina, Diego?
- Eu não gosto da Violetta tia, eu a amo.
- Certeza?
- Certeza absoluta.
- Então eu lhe digo só uma coisa: Lute por esse amor.
- Vou lutar!
- Ótimo! Agora tenho que ir.
- Obrigada por tudo tia, amanhã nos falamos novamente.
- Imagina querido, sempre que precisar é só me chamar. Sim,
amanhã nos falamos e você me conta as novidades.
- Não se esqueça do horário, hein.
- Sim, sim. Eu sei. Depois das onze para León não ouvir, já
sei. Te amo querido, beijos.
- Amo-te, beijos!
(...)
Diego Narrando
No dia seguinte...
Acordei, me arrumei e fui direto para a escola. Pretendia ver
Violetta e esclarecer as coisas entre nós. Para minha surpresa, avistei-a de
longe. Vi que seus livros caíram e fui ajudar. Ao levantar a cabeça, ela
sorriu. Parecia sem graça. Fiquei confuso.
- Obrigada Diego. – Ela disse simplesmente.
- Imagina Vilu. – Sorri de canto.
- Sobre o encontro...
Eu sinto muito. Estamos passando por umas dificuldades em relação a
Marco e aquilo... Não era ele. Eu realmente sinto muito.
- Não há com o que se desculpar, está tudo bem. Mas de
qualquer maneira podemos marcar outro encontro. O que acha? – Sorri
esperançoso.
- Err... Bom Dih, não vai dar. – Ela abaixou a cabeça e eu
logo me entristeci.
- Por que não? Marco a proibiu de me ver? – Falei confuso.
- Sim, mas não é por ele. – Fiquei mais confuso ainda.
- Então é pelo o que Violetta?
- Eu estou namorando. Sinto muito. – Ela saiu rapidamente sem
dar chances de eu responder. Namorando? Como assim?
(...)
León Narrando
Acordei completamente decidido. Eu não iria à aula hoje.
Apesar de estar louco para ver Violetta, eu tenho coisas que precisam ser
feitas hoje. Vesti-me rapidamente e sai. Vi que Diego já havia saído, pois sua
mochila não estava lá. Estranho ele não me esperar. Mas isso não vem ao caso,
tenho que ir antes que seja tarde demais.
(...)
Cheguei à casa de tia Jackie em 10 minutos. Sai do carro e
bati na porta. Ela, assim que me viu, me olhou surpresa.
- O que faz aqui, León?
- Vim conversar. Posso entrar?
(...)
Assim que sai da casa dela foi direto para um lugar a qual
sabia que me acalmaria. Eu precisava de paz. Precisava pensar antes de agir.
Como nunca havia feito. Eu tenho que jogar direito, se não eu perco.
(...)
Logo que percebi que sabia o que fazer, fui para a casa de
Violetta. Eu precisava dar a próxima jogada.
Cheguei e vi que o carro de Marco já estava lá. Ótimo. Bati
na porta. Logo o mesmo apareceu.
- León? O que faz aqui essa hora? E porque não foi à aula
hoje?
- Preciso falar com você Marco.
- Ok, entre.
Entramos e sentamos no sofá.
- Pode falar. – Ele disse me incentivando.
- Bom, não é muito fácil te contar isso. Não sei se vai ficar
bravo ou frustrado, mas já passou da hora. Quando antes, melhor. – Ele me olhou
preocupado.
- É alguma coisa a ver com Violetta?
- Sim... – Ele me olhava atentamente. – Estamos namorando
Marco. – Ele franziu a testa. – Eu e Violetta... Estamos juntos. – Ele riu e eu
continuava sério. Quando percebeu, logo parou.
- Você não está falando sério, não é?
- Felizmente estou. – Sorri de canto.
- Eu não sei o que dizer.
- Você não precisa aceitar, só nos respei... – Ele me
interrompeu.
- Eu aceito.
- Como?
- Eu aceito o namoro de vocês.
- Assim... Tão fácil? – Eu disse visivelmente confuso.
- Assim, tão fácil. – Ele riu. – A não ser que queira que
eu... – Desta vez fui eu quem o interrompi.
- Não! Eu fiquei apenas... Surpreso.
- É eu entendo.
- E como anda as coisas com sua namorada? – Falei irônico.
Ele nunca falava dela. Agora eu entendo.
- Bem, sabe... Estamos bem.
- Hm, claro. Já contou para Violetta?
- Na verdade não, acho que ela pensa que estou dormindo com
qualquer garota que apareça na minha frente só por diversão. Não sei bem como
ela reagiria.
- Garanto que ficaria feliz por você.
- É claro... Mas como... Bom, como vocês dois...
- Como ficamos juntos? – Ele assentiu. – Bom, eu a amo e pelo
o que eu sei ela também. Simples, o destino cuidou do resto.
- Você ainda acredita em destino, León? Algum dia irá se dar
mal com isso.
- Acredite, já aconteceu. Mas não é por isso que deixo de
acreditar.
- Bom você que é em sabe.
- Qual o nome dela?
- Quem?
- Sua namorada.
- Bom err... Jessica. – Ri irônico. Bem parecido.
- Jessica? Bonito. Como ela é?
- Ótima. – Era visível que ele estava desconfortável. Argh,
isso me irrita tanto.
- Ótima? É isso que você diz sobre sua namorada para seu
melhor amigo?
- Desculpe León. É complicado.
- O que é complicado Marco? – Ele nada respondeu. Apenas
abaixou a cabeça. – O que está escondendo de mim?
- Nada, ok? Esquece isso. – Ouvimos a porta se abrir.
Violetta.
- Não pense que essa conversa termina aqui.
Ela veio até nós e Marco recompôs-se. Previsível.
- Oi Vilu! Como foi na escola? – Disse Marco animado,
diferente de alguns minutos atrás.
- Err... Bem. – Ela respondeu confusa. – O que está
acontecendo?
- Bom amor, - Me pronunciei pela primeira vez e ela me
fuzilou pelo “amor” na frente do Marco. – eu pensei muito e resolvi que o
melhor era contar para Marco sobre nosso namoro o quanto antes. Melhor do que
ele descobrir por outros e ficar chateado, não acha? – Ela permanecia confusa.
- Err, sim. Eu... É... Bom...
- Imagino que deve estar confusa por eu não estar surtando.
Mas eu confio em León, ele é meu melhor amigo e sei que com ele vai estar em
boas mãos.
- Nossa, eu estou... Surpresa.
- Pois bem, eu também. Como eu posso ser tão lindo e
compreensível ao mesmo tempo? Impressionante, né? – Ele disse e nós rimos.
- Claro, é impressionante como você consegue juntar idiotice
com burrice em uma única pessoa. – Ela gargalhou. Linda.
- Opa, olha como você fala comigo agora Leónzinho. Se bobear,
te proíbo na hora de ver a Vilu. – Vilu riu mais.
- Como se eu fosse deixar de ver o amor da minha vida por
bobagens suas Marco. – Sorri bobamente pela declaração e Marcou levantou as
sobrancelhas, surpreso.
- Amor da sua vida? E você lá sabe o que é amor na sua idade,
maninha?
- Amor não tem idade Marco.
- Ui, que romântica que está essa menina! – Rimos.
- Estou mesmo, maninho. Obrigada por notar. – Ela disse e se
virou para mim. – León, será que podemos conversar lá no meu quarto, mocinho? –
Ela disse parecendo brava. Droga.
- Putz cara, tá ferrado! – Brincou Marco.
- Cala a boca, Castillo! – Disse rindo. – Vamos amor.
Chegamos lá em cima e nos sentamos em minha cama.
- Agora será que o meu namorado pode me contar por que não
foi hoje na escola? – Ela disse irônica. Suspirei.
Oi meus lindos. <3
Como está o capítulo? :D
Muito confuso? Estou tentando colocar um pouco de suspense e
mistério, como se deve perceber, HSHUASHUA. ‘-‘
Primeiro capítulo da maratona pelos 1.000 views! *-*
São quatro capítulos seguidos, ok? Até o 17. ;)
Ficou grande, neáh? :3
Se alguém quiser trocar divulgação comente, por favor.
Até o próximo. :D
Gaby
Silveira

nossa ta tipo: MUITO PFTO!!!!!!
ResponderExcluirdemorei lendo mas valeu a pena, faz mais caps assim pfff :3
ta meio confuso sim kkk
amei, vou ler o próximo <3
By: Nickie
Awn Nickie, você não sabe o quanto isso significa para mim. :')
ExcluirVou tentar, prometo!
Putz, mas esse era o objetivo mesmo, HSHUASHUA.
Te amo, Nickie. <3